29 agosto 2014

Gastos e impactos urbanísticos causados pela realização dos Jogos Olímpicos de 2016

L’Architecture d’Aujourd’hui – Construções Esportivas da Atualidade

Em junho de 2013, milhões de brasileiros foram às ruas protestar. O que de início se mostrou um movimento contrário ao aumento das passagens de ônibus, logo se transformou em uma demonstração coletiva de frustração para com a precariedade dos serviços públicos e da infraestrutura brasileira. Dando base ao clamor dos manifestantes, encontrava-se a crítica ao que seria a excessiva quantia de verbas públicas destinada à construção de estádios, tanto para a Copa das Confederações de 2013 quanto para a Copa do Mundo de 2014. Muito se questionou também o chamado “padrão Fifa”, que estabelecia um novo desenho para templos do futebol como o Maracanã. Agora, depois de concluídos ambos os torneios, novos questionamentos são dirigidos aos gastos e aos impactos urbanísticos causados pela realização dos Jogos Olímpicos de 2016, destinados a ocorrer na cidade do Rio de Janeiro.
  Longe do que se poderia supor a preocupação com a construção de arenas e estádios desportivos já se encontra presente na edição de número 76 da revista L’Architecture d’Aujourd’hui, lançada em 1958, centrada no tema “Construções Esportivas da Atualidade”. Com fotos, plantas e dados de estádios e arenas, a revista conta com fotos e dados concernentes a construções dos mais diversos países: EUA, Áustria, Colômbia, Itália, Polônia, Japão, entre outros. Além de atender ao interesse que o tema deve ter despertado em arquitetos de todo o mundo, em meio à Copa de 1958 (a primeira a ser ganha pelo Brasil), a edição fazia ainda referência aos Jogos Olímpicos de 1960, que seriam sediados dali a dois anos em Roma.

  Para tanto, entre os inúmeros projetos analisados, a presente edição figura o Estádio Olímpico de Roma, projetado como uma abóboda futurista por Annibale Vitellozzi.
É importante frisar o quanto este número de L’Architecture d’Aujourd’hui comprova o impacto do estilo modernista na arquitetura dos anos 1950, quando desenhos arrojados, reminiscentes, por exemplo, dos prédios públicos de Brasília, eram utilizados mesmo no traçado de arenas esportivas. Nota-se também o desejo de se construir estruturas econômicas, como o já mencionado Estádio Olímpico, pensado para congregar provas de ginástica, esgrima, basquete e tênis. Porém, um dos grandes trunfos da edição é a presença do nome de um brasileiro: o arquiteto Ícaro de Castro Mello (1913-1986), referência nacional em planejamento de estádios.
Entre muitos de seus projetos L’Architecture optou por conceder espaço em suas páginas ao Ginásio de Bauru, construído entre 1952 e 1953, e ao Ginásio do Ibirapuera Constâncio Vaz Guimarães (atualmente chamado Estádio Ícaro de Castro Mello), além de figurar o projeto, então em execução, do Setor de Esporte da Universidade de São Paulo (USP), formado por estádio, piscina, campos de futebol, quadras de tênis, e outras instalações. Tanto o Ginásio de Bauru, quanto o Ginásio do Ibirapuera continuam de pé, atestando o brilhantismo e qualidade demonstrados pelo trabalho de Castro Mello. Dessa forma, a edição 76 de L’Architecture d’Aujourd’hui consegue não só resgatar a obra de um importante nome da arquitetura nacional, mas também responder às mais recentes preocupações de arquitetos e urbanistas brasileiros, associadas ao fato do país ter passado a integrar o circuito internacional dos megaeventos esportivos.
Alexandre Enrique Leitão
Ícaro de Castro Mello:


 Ícaro de Castro Mello


 Hannibal Vitellozzi


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25 dezembro 2013

“Cidades de tempo-livre”, você pode morar em uma.

The Japan Architect, september-october, 1971.


             Uma das mais importantes revistas de arquitetura do século XX, a The Japan Architect contou, em sua edição n.178, de setembro-outubro de 1971, com texto do japonês Kenzo Tange. O renomado arquiteto apresentava as conclusões de um grupo de estudos, voltado para a previsão e descrição de um projeto urbanista japonês do século XXI, em um esforço intelectual que desperta fascínio e convida ao questionamento: o que aqueles homens da década de 1970 esperavam do futuro das grandes cidades, e em que medida suas previsões se realizaram ou se tornaram advertências? Entre os elementos que guiaram a abordagem de tais técnicos e urbanistas encontrava-se a visão de que os fatores responsáveis pelo desenvolvimento e funcionamento da cidade e da nação eram a energia, a informação e o lazer.
Através deles, seria possível reverter um processo de consumo desenfreado das matérias-primas e reduzir a poluição do meio-ambiente, assegurando ainda maior qualidade de vida para uma população que, previa-se, passaria a desejar o específico, e não mais o objeto (a casa, o espaço, a atividade) produzido em massa. Entre as soluções apresentadas para uma megalópole como Tóquio, sobre a qual profetizaram que passaria a enfrentar um aumento constante no trânsito de pessoas e de carga, encontrava-se a construção de uma rede de túneis e a preferência por uma rede de transportes subterrânea e elevada, valendo-se da operação conjunta de sistemas de trilhos, estradas e vias fluviais – propostas de extrema relevância para metrópoles de países em desenvolvimento, como as brasileiras, ainda flageladas pela parca condição dos transportes urbanos. Porém, a proposta mais ousada talvez fosse a de valorização do tempo-livre, como parte integrante da experiência em sociedade. De forma a assegurar o lazer, tornando-o elemento orgânico da vida em uma megalópole, os arquitetos envolvidos propõem a criação de “Cidades de tempo-livre”, cujo caráter seria determinado por condições históricas, naturais, culturais e cênicas de cada localidade.
          Complexo em sua análise e acessível em seu texto, o estudo sobre o Japão do futuro apresenta questões de extremo relevo, não só para o arquiteto interessado na história de seu campo profissional, mas também para o técnico e para o urbanista preocupados em encontrar soluções para os problemas decorrentes de um crescimento urbano desenfreado.
por Alexandre Enrique Leitão






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22 outubro 2013

Como montar um Evento Mundial de Arquitetura e Urbanismo. Passo a passo.

THE ARCHITECT'S EXPO

"TO BE A MAN IS TO FEEL THAT THROUGH ONE'S OWN CONTRIBUTION ONE HELPS TO BUILD THE WORLD."

SAINT EXUPERY

"Ser um homem é sentir que através de sua própria contribuição, uma pessoa ajuda a construir o mundo".

“Como conceber e construir uma expo de arquitetura e urbanismo?”título da Publicação.


A revista Progressive Architecture de junho de 1967 apresenta de forma didática todo o trabalho desenvolvido para o projeto da EXPO Architecture, em Montreal (Canadá).
Enganam-se aqueles que pensam que um trabalho como este, desenvolvido no século passado, pudesse ser ainda hoje de extremo valor. Trabalhamos com ideias que atendem ao ser humano no seu viver, e este continua limitado ao corpo físico e à natureza.

Selecionamos parte da matéria que expõe de forma brilhante todo o desenvolvimento dos trabalhos para a realização da EXPO Architecture, além de um artigo sobre projeto para implantação de um laboratório, com suas exigências especiais de construção. No índice é possível também ver os demais tópicos abordados nesta edição.

Nosso objetivo é lembrar aos profissionais de arquitetura o quanto precisamos de uma biblioteca digital, com publicações relevantes que nos ajudem em nossos trabalhos e na formação dos novos arquitetos.

Neste blog não contamos com os recursos que a biblioteca digital pretendida (BAUPAL- BIBLIOTECA DE ARQUITETURA E URBANISMO PROF. ANTONIO LEITAO) oferecerá, tais como busca e localização de palavras e/ou imagens no texto, tradução automática e possibilidade de zoom em qualquer página. Isso tudo em um acervo de 1.300 (mil e trezentas) publicações raras com o melhor conteúdo de informação para arquitetura e urbanismo. Caso este projeto também possa lhe atender, enquanto profissional ou apreciador destes campos do SABER, divulgue-nos através de suas redes sociais, pois difundindo este blog você estará assistindo na construção de uma futura biblioteca digital.

Muito Obrigado!


 
















LABORATÓRIO 

 

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 BAUPAL



08 setembro 2013

Luz Solar em todos os setores da fábrica de fogões.

The Architectural FORUM Magazine of Building october 1948



A revista FORUM representava o que de mais novo existia no mercado de construção. Este volume especial apresenta o edifício moderno da Fábrica de Fogões Magic Chef em St. Louis , o projeto e o estudo de luz solar em todos os setores da fábrica. Selecionamos também, o projeto de um hangar e duas casas.









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